terça-feira, 3 de novembro de 2009

Brincar em equipe é melhor ainda



Uma coisa é fato – brincar é um exercício fundamental para o desenvolvimento infantil. Mas, quando existe uma reunião de crianças para exercitar o brincar, isso é ainda melhor. Princípios como respeito ao próximo, noção de limites e percepção das diferenças de cada um são colocados em prática nessa divertida atividade

Olhar um grupo de crianças em uma inocente brincadeira nos dá a sensação de alegria e bem-estar própria dos pequenos. Mas, por trás da diversão visível no ato de brincar, está o desenvolvimento de princípios básicos que farão a diferença na vida adulta deste ‘serzinho’. De acordo com a psicóloga Cibele Martins de Oliveira Marras, o fato de brincar em equipe ajuda a construir o papel da criança na sociedade. “No momento da brincadeira com outros iguais, o pequeno tem contato com situações do mundo real reproduzidas naquele instante. Neste contexto é mais fácil perceber, por exemplo, alguns limites, o respeito ao próximo e saber que ganhar e perder fazem parte da vida”, enfatiza Cibele.

E, apesar da importância da participação dos pais nas brincadeiras infantis, o ideal é que o pequeno tenha contato com outras pessoas da mesma faixa etária. “Depois de um ano e meio de vida, quando a criança ainda precisa de cuidados básicos, o quanto antes ela for para a escolinha é melhor. A interação com os ‘iguais’ ajuda a desenvolver a personalidade. O fato de todos estarem no mesmo momento de descobertas é importante para que reconheçam os acertos e erros”.

Para o educador e coordenador da escola Estilo de Aprender, Marcelo Cunha Bueno, o primeiro grupo do qual a criança participa é a família, mas a escola tem o significado de vida coletiva. A partir dos quatro anos, a criança procura estar em grupo e ter a percepção de situações cotidianas. “Daí vêm as brincadeiras de papai e mamãe, casinha, trabalho”, lembra Bueno. Com cinco, seis anos, o pequeno já começa a ter noções de regras e do que é certo ou errado, principalmente com a prática de jogos coletivos, como o futebol, a queimada. “Neste momento da vida a criança começa a lidar com vitórias e derrotas, a saber que apesar de ter feito seu melhor, nem sempre é possível sair vitorioso de todas as situações”, explica o educador. Por volta dos sete anos, os pequenos começam a diferenciar os grupos, a mostrar fidelidade pelos amigos e a reconhecer afinidades.

Brincar para se conhecer

A psicóloga Cibele ressalta que os pais devem ficar atentos quando a criança chega em casa se sentindo mal por conta das brincadeiras e devem conversar com o professor. “Muitas vezes a criança que destoa do grupo, por ser mais gordinha ou mais tímida, passa por momentos delicados nesta vivência e se sente excluída. É importante que o professor aproveite este acontecimento para trabalhar no grupo a aceitação das diferenças de cada um”.

A brincadeira entre irmãos também é muito saudável, mas não exclui o contato com crianças de fora do círculo familiar. “Como a criação entre irmãos é a mesma, o pequeno precisa do contato com as diferenças, com outras formas de convivência, que sejam diferentes da praticada dentro de casa”. Para as crianças que não têm irmãos, o contato com os amiguinhos é ainda mais importante. “A criança quando é filha única tende a ser tratada com todas as atenções focadas exclusivamente nela. Em uma situação de interação social, o pequeno percebe que nem sempre tudo é do jeito que ele quer. A criança sozinha que não passa por essa experiência pode se tornar um adolescente difícil, que não aceita normas”, afirma Cibele.

Brincadeiras é melhor ainda acompanhado

Como já dizia a música brincadeira de criança como é bom, em qualquer idade, rir, correr e ser feliz é muito bom, mas sem dúvidas a melhor época para isso, para ser feliz completamente é quando ainda somos bem pequenos e não temos nenhuma preocupação com o mundo exterior, nã

o ligamos para relógio, dinheiro, trabalho somente para as brincadeiras e para a companhia.

Isso é fato hoje em dia não há ninguém que já tenha passado dessa fase e não queira voltar para a vida de poucas idades e muita diversão, porém mesmo com muitos anos de vida e experiência é muito fácil voltar a ser criança e rir sem medidas, basta brincar como uma criança e melhor ainda se for acompanhado de uma criança de verdade.

Brincadeira de criança como é bom melhor ainda se for acompanhado

Pega pega, esconde esconde, cabra cega, lençinho branco, amarelinha são todas brincadeiras simples e deliciosas que deixam um sorriso estampado no rosto de uma criança e um sentimento incrível em nosso coração, os pequeninos são a melhor coisa que existe no mundo, e quanto mais brincamos com eles, menos deixamos a alegria da infância morrer e não permitimos que as nossas crianças se tornem adultos tão cedo perdendo sua inocência e alegria de viver possibilitando que eles cresçam rapidamente e se arrependam como a gente, de não termos aproveitado nossa infância o suficiente, por mais que tenham uma ótima fase nunca deixaremos nosso espírito de lado nem as nossas brincadeiras.

Raquel Iserhard

Blogs e Fotoblogs que ensinam




Autor João Luiz de almeida Machado, segundo o autor é fundamental, tanto o aluno quanto o professor estão deixando esta pratica da escrita tão importante de lado.
A escrita qualificada está associada à leitura, lendo aprende novos vocabulários, melhora a noção de coerência e lógica.
O autor sugere o registro de aulas no mundo virtual, exemplo criar blogs e fotoblogs com os alunos.
A tecnologia proporcionou, ao longo dos tempos, que novos equipamentos e recursos surgissem para, facilitar novos registros e perepetuá-los.
Os computadores e a Internet constituem apenas a última geração de ferramentas que surgiram com este intuito, o que não impede o registro tradicional com lápis e caderno.
O que temos que garantir é o bom uso do espaço adequado da informática, apropriada ao interesse da educação, da ciência e do conhecimento.
O professor pode usar a informática para registros e informações sendo assim possível que o professor possa repensar sua prática, modificar trechos do percurso escolhido por ele, utizar novas ferramentas para facilitar e aperfeiçoar suas aulas.
Para os estudantes cria-se uma ótima oportunidade de estudar com regularidades os conteúdos trabalhados nas aulas, certificar-se dos conceitos e ideias demonstrados, apresenta as eventuais dúvidas através dos próprios blogs/fotoblogs. Receber o retorno de suas preocupações on-line ou em aulas posteriores e ainda aperfeiçoar suas habilidades de registro e escrita para que se torne um aluno mais critico.

Raquel Iserhard

O mundo livre e a liberdade da escola



Texto escrito por Alberto Tornagli, segundo o autor o Linux é considerado com um sistema operacional livre superior ao Windows, que possui um "copy left" isto é sua apropriação é permitida a todos os que deles necessitarem.
Na escola, o Linux é desenvolvido por uma comunidade mundial de programadores, que trabalham cada um numa parte do programa. O que une esses programadores é o desejo e o compromisso de terem acesso a um programa que é livre, que pode ser modificado por cada um deles conforme suas necessidades,que pode ser usado por todos e distribuído livremente, é uma comunidade de livre acesso.
Existe centenas de versões do Linux. Em cada local, em cada escola em cada empresa o Linux pode ser modificado, adaptado as necessidades locais. E freqüentemente o é. Ao usar programa livre na escola, professores e alunos serão convidados a darem sua contribuições para a melhoria do sistema tanto criticando o que não funciona como sugerindo mudança e melhorias.
O código fonte é público. Com os computadores ganham sobrevida, (mais tempo e de fácil atualização), mais gente pode ter acesso a eles, mais alunos e escolas podem usufruir os equipamentos, com tecnologia local.
O investimento pesado em formação dos professores e suporte a esses, deve viabilizar a consolidação de um grupo de usuários com amplo domínio dos sistemas, capazes de criarem novas soluções, serem criativos na sua exploração como instrumentos de apoio ao projeto pedagógicos.

Raquel Iserhard

A Sociedade da aprendizagem eo desafio de converter informação em conhecimento



Texto escrito por Juan Ignacio Pozo, segundo o autor, nossa sociedade vive momentos paradoxais do ponto de vista da aprendizagem. Porque vivemos um momento em que os alunos não conseguem apreender aquilo que os professores e a sociedade exige, sendo assim um crescente fracasso escolar.
A informação que esta na mídia é cada vez mais complexa e rápida exigindo assim uma atenção e dedicação cada vez maior.
Como conseqüência dessa multiplicação informativa, bem como de mudanças culturais mais profundas, experimentamos uma crescente incerteza intelectual e pessoal. Não existem mais saberes ou pontos de vista absolutos que se devam assumir como futuros cidadãos; a verdade é coisa do passado, mais que do presente ou do futuro, um conceito que faz parte de nossa tradição cultural e que, portanto está presente em nossa cultura da, aprendizagem, mas que, sem dúvida é preciso repensar nessa cultura da aprendizagem,sem com isso, cair necessariamente em um relativismo extremo.

Raquel Iserhard

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nossos Sonhos

Acreditamos que enquanto existirem no mundo crianças há muita esperança. Sonhamos com o dia em que todas as crianças tenham lares felizes para morar, proteção, amor, estudo e muitos sonhos para realizar.Com uma família fantástica ao lado para amar,
Que aprendam o valor da amizade, de cada minuto da vida,
E que jamais esqueçam disso na idade adulta!

Menino e menina tomando sorvete.

Acreditamos que ser criança é isso: jamais perder a fé em Deus (independente de religião), a esperança, o encantamento pela vida (ela é um presente e tem muitos momentos de festa), valorizar o outro e acreditar nele - os adultos têm medo, às vezes, de fazê-lo acreditar sempre, eternamente nos sonhos e em si mesmo!

Que todos possamos deixar a criança que existe dentro de nós viva para sempre!

Formação: Animação


Dia 20 de Outubro de 2009, foi nossa última aula no curso do NTE,Tecnologia na Educação e finalizamos a animação, foi muito trabalhoso, apesar de ter faltado a aula anterior por ter reunião pedagógica na escola, deu para ter noção de como é o processo no todo é muito minucioso, mas gratificante quanto ao resultado, é mais uma motivação para trabalhar com os alunos sobre um determinado assunto a ser estudo.

Raquel

Entrevista com Roger Silverstone




Texto fornecido no curso do NTE, Tecnologia na Educação, sobre uma entrevista com, Roger Silvestone, onde transcreve suas principais opiniões.
Roger Silvestone é um conceituado professor de mídia e comunicação da London School of Economics and Political Science, Inglaterra.
Relata sobre a importância da compreensão do processo de mediação sobre a mídia, ressalta que devemos ter um olhar especial para o processo que pode ser falho, onde é distorcido pela tecnologia ou de propósito necessitamos ter claro e compreender sua política, sua vulnerabilidade ao exercício do poder, sua dependência do trabalho de instituições e indivíduos, e seu próprio poder de persuadir.
  • No seu livro Por que estudar a mídia? O autor coloca que a mídia sempre terá um papel relevante, pois ela tem o poder de manipular a noticia favorável ao Estado Co, sendo assim é preciso saber como este poder é exercido (quem, porque, para que), precisamos estudar a mídia para responder a varias questões sendo que nem sempre obteremos respostas conclusivas.
  • Segundo o autor a mídia faz parte da nossa vida social, separando gerações não familarizadas com a tecnologia. Há uma habilidade e uma sinergia imensa entre os usuários dos meios dew comunicação de massa. Usam a mídia de forma criativa a tal ponto de aumentar ou diminuir a capacidade que têm de gerenciar suas próprias vidas cotidianas. Mas esta habilidade e sinergia são superficial. A maioria das pessoas acreditam dominar a mídia como dominam suas vidas, mas é possível afirmar que estamos apenas surfando e não nadando no mar da mídia. Falta muito para domina-la.
  • A mídia provoca efeitos. Esta analise depende do reconhecimento do que a mídia tem um status estrutural que influencia no nosso cotidiano.
  • A mídia exerce tamanha influencia no nosso dia-a-dia que necessitamos de instrumentos de analise poderosos e sofisticados para avalia-lo.
  • Quando a "qualidade da mídia", é muito subjetivo como algo intrínseco, à natureza do relacionamento que as audiências e usuários podem construir com este programas ou seriados; é necessário pensar em questões como honestidade, responsabilidade, confiança...
Sobre o contesto "Mídia de Mais - Mídia para Mais", a expectativa de que todos devemos ter uma voz na mídia é necessário, tendo consequências e responsabilidades. A expansão na mídia pode produzir tanto uma exaustão de imagens e textos quando por outro, uma fragmentação do social potencialmente perigoso.
Entrevista concedida na 4º Cúpula de Mídia para criança e adolescente realizada no Rio de Janeiro em 2004.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Rádio na Escola



Texto debatido no curso de tecnologia do NTE.
O rádio teve seus dias de gloria nas décadas de 40,50,60,com as novas tecnologias a TV e os computadores ,estes meios de comunicação fez com que o rádio decaísse mas, com a chegada do transístor (componente eletrônico - sistema de transferência) o rádio pode ser deslocado para qualquer lugar acompanhando as pessoas no seu dia a dia e não interfere em suas tarefas pois é só ouvir sem enteromper nenhuma atividade.
O rádio na escola precisa de um pequeno espaço para o equipamento, alunos estimulados pelos professores para o processo de produção, a criar, pensar, imaginar, avançar e evoluir, o aluno sentindo-se valorizado com seus colegas ouvindo a rádio dando opinião, apoiando.
Sem falar que a rádio na escola serve de informação para o projeto politico-pedagógico da escola integrando o aluno na comunidade escolar.

Raquel Iserhard

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Brincadeiras de Crianças

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Planos de Aula


Projeto de Didático
Regras de brincadeira

Introdução
Alfabetizar significa muito mais que simplesmente ensinar a traçar letras ou decodificar palavras. Baseado no tema "brincadeiras: ontem e hoje", este projeto propõe atividades em que a criança possa se apropriar do sistema de escrita, ao mesmo tempo em que vai conhecendo a linguagem escrita, ou seja, os diversos tipos de textos presentes na sociedade. Os alunos vão pesquisar brincadeiras da infância de seus pais, farão votação para determinar as brincadeiras preferidas de ontem e de hoje e produzirão textos com instruções sobre essas brincadeiras para divulgação em cartazes na escola.
Esta atividade permite que a criança trabalhe com o que ela já sabe sobre o tema (brincadeiras) e sobre a linguagem (as propriedades da escrita bem como os tipos de texto trabalhados). Mostra aos alunos que há momentos certos para falar e para ouvir, para ler e para escrever. Os diferentes tipos de registros que ocorrem durante a atividade (lista, instruções e cartazes) mostram como a linguagem escrita é capaz de organizar as informações dependendo da situação. Os alunos aprendem também a sintetizar as informações e percebem a importância de se falar ou escrever de forma adequada, para que sejam compreendidos.
Este trabalho propõe uma articulação entre as duas aprendizagens que a criança em início de alfabetização precisa empreender: o conhecimento do sistema de escrita alfabético e a linguagem escrita expressa em vários textos presentes na sociedade. Assim, todas as crianças deverão estar envolvidas em todos os momentos do trabalho, mesmo aquelas que ainda não escrevem convencionalmente. Neste caso, o professor deve ser intérprete e, às vezes, escriba da produção do aluno. A atividade proposta trabalha com três tipos de textos, a saber:
LISTA - texto com palavras do mesmo campo semântico com uma disposição gráfica vertical ou horizontal. Texto que procura organizar informações e que exercita a memória. Ao lado deste conhecimento textual, pode-se contribuir para que a criança vá conhecendo as características do sistema de escrita, se forem sendo estabelecidas comparações no que se refere ao conhecimento/uso de letras como representação de fonemas, a direção da escrita, a distribuição das unidades gráficas das palavras (quais e quantas letras em cada vocábulo; quais iniciam com a mesma letra, quais têm a última letra igual, etc), as formas e tipos de letras;
TEXTO INSTRUCIONAL - que prescreve ações/orientações precisas para a realização de tarefas, no caso, as regras de brincadeiras infantis: nome da brincadeira, lista de quantas pessoas e/ou materiais usados (se for o caso), modo de brincar (com uso de verbos no imperativo que é o modo da ordem ou pedido);
CARTAZ - possibilita registrar e divulgar as sínteses feitas pelos alunos no decorrer do trabalho. O cartaz é um tipo de texto breve sobre cartolina ou cartões cuja organização espacial no papel (diagramação, cores, tamanho de letras) deve permitir a leitura à distância.
Objetivos
Com este trabalho, pretende-se que os alunos sejam capazes de:
a) Falar e ouvir em diversas situações nas quais faz sentido expor opiniões, ouvir com atenção, sintetizar idéias, defender pontos de vista e replicar;
b) Perceber as propriedades da escrita: letras como representação de fonemas, direção da escrita, combinação das letras, formas e tipos de letras;
c) Ler e escrever diversos tipos de textos em situações comunicativas específicas;
d) Valorizar o resgate das brincadeiras, comparando-as no espaço e no tempo
Conteúdo específico
Sistema de escrita e linguagem escrita (texto instrucional)
Ano
2º e 3º anos
Tempo estimado
10 aulas
Material necessário
Cartolina, papel sulfite, lápis de cor/cera e canetas coloridas. 
Desenvolvimento das atividades
1ª etapa
Faça com as crianças um roteiro de entrevista para que pesquisem junto aos pais e familiares as brincadeiras de seu tempo de infância. Essa pesquisa pode conter perguntas como: "Quais eram as brincadeiras preferidas quando você era criança?", "Quais eram as regras dessas brincadeiras?" ou "Quantas crianças podiam participar?". Solicite que algumas leiam a pesquisa para a classe e que outras contem de memória o que os pais explicaram sobre suas brincadeiras de criança;
2ª etapa
Selecione algumas brincadeiras pesquisadas para, na lousa, junto com as crianças, elaborar as instruções que explicam as brincadeiras escolhidas. Dessa forma, você estará mostrando às crianças um modelo de texto que deve atender a certas condições de produção para atender um objetivo específico;
3ª etapa
Agrupe as brincadeiras comuns numa lista e peça que cada dupla de alunos escolha uma brincadeira que será divulgada para as outras turmas da escola por meio de um cartaz com o nome da brincadeira e o jeito de brincar;
4ª etapa
Faça com os alunos uma lista de brincadeiras atuais, colocando-as em ordem alfabética;
5ª etapa
Faça um cartaz com as crianças no qual conste, de um lado, os nomes das brincadeiras de hoje e, de outro, das brincadeiras de antigamente. Organize a divulgação do cartaz na escola;
6ª etapa
Elabore uma cédula (mimeografada, xerocada ou impressa) da qual constem as brincadeiras levantadas pelos alunos e faça uma votação para escolher três delas; Junto com as crianças, faça a apuração das mais votadas, colocando na lousa o levantamento dos dados;
7ª etapa
Divida a classe em três grandes grupos: cada grupo deverá elaborar as regras de cada brincadeira mais votada. Cada grupo será subdividido em duplas que organizarão suas regras no caderno;
8ª etapa
Escreva na lousa as regras das três brincadeiras selecionadas. Para cada brincadeira, as duplas darão, oralmente, suas contribuições que serão negociadas com a classe toda até se chegar ao texto final que melhor esclareça as regras das três brincadeiras selecionadas;
9ª etapa
Estabeleça uma data, um espaço e os materiais necessários para que as crianças coloquem em prática as três brincadeiras escolhidas e comparem-nas com as instruções dadas por escrito: estão claras? seguem o passo-a-passo da brincadeira? ajudam na organização? quais modificações devem ser feitas nos textos, tendo em vista sua eficácia no desenvolvimento das brincadeiras selecionadas?

Produto final
Finalizando a atividade, organize junto com as crianças a produção de cartazes com cada uma das três brincadeiras mais votadas e suas regras. Estes cartazes deverão ser afixados fora da sala de aula para divulgação do trabalho.
Avaliação
Ao longo do desenvolvimento da atividade, é possível avaliar como o aluno:
a) utilizou a linguagem (oral e escrita) em determinadas situações nas quais faz sentido falar, ouvir, ler ou escrever;
b) discutiu oralmente;
c) colaborou com o grupo no roteiro de pesquisa com os pais;
d) organizou individual e coletivamente os dados coletados na pesquisa;
e) escreveu as regras das brincadeiras, negociando com os colegas a elaboração das instruções;
f) trabalhou os aspectos gráficos e os elementos linguísticos dos textos trabalhados: lista, texto de instruções e cartaz.
g) elaborou sínteses escritas para divulgação do trabalhos através de cartazes;
h) relacionou suas hipóteses de escrita com as propriedades da escrita convencional, quando foi necessário ajustar o que fala ou ouve com o que precisa escrever.
Atividades complementares
Valorizando as diversas origens das crianças e seus familiares (migrantes ou imigrantes), as brincadeiras pesquisadas podem ser relacionadas com o tema transversal "Pluralidade Cultural", constante nos Parâmetros Curriculares Nacionais, que defende a existência e a importância das muitas culturas presentes na sociedade. Para isso, a pesquisa e os dados coletados devem priorizar as brincadeiras das diversas regiões de origem dos pais; A atividade pode ser ampliada com pesquisa na área de História sobre como brincam ou brincavam crianças de outros países e de outras épocas históricas.

Ludibus - Superando a Falsa Dicotomia entre o Brincar e o Aprender


José Milton de Lima
Docente do Departamento de Didática da Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília
e-mail: miltonli@marilia.unesp.br
Helen de Castro Silva
Docente do Departamento de Biblioteconomia e Documentação de Marília
e-mail: helenc@marilia.unesp.br
Estudos e pesquisas têm comprovado a importância das atividades lúdicas, literárias e artísticas no desenvolvimento das potencialidades humanas das crianças. Quando participa dessas atividades a criança desenvolve uma série de competências que são essenciais para o seu sucesso na escola e imprescindíveis para o seu desenvolvimento integral. No entanto, tais atividades são ainda tratadas, de modo geral, como secundárias no contexto educacional. O projeto Ludibus tem como principal objetivo sensibilizar professores da rede pública e particular de ensino, bem como futuros profissionais das áreas de Pedagogia e Biblioteconomia, para o fato de que jogos, brincadeiras, atividades artísticas e literárias são elementos da cultura e portanto é fundamental que o professor as valorize e ofereça às crianças oportunidades de aprendizagem e vivências. O projeto pretende instrumentalizar os professores das escolas de educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, através de estudos e vivências, para que, convencidos da importância dessas atividades no desenvolvimento integral da criança, saibam utilizá-las e promovê-las no contexto educacional.
O Ludibus começou a ser desenvolvido no início de abril de 1999. Nesta fase inicial, a busca por recursos e a organização das atividades ainda requer bastante esforço, principalmente pelo fato das solicitações mínimas não terem sido plenamente atendidas. A equipe que realiza as atividades é composta por docentes e alunos dos cursos de Pedagogia e Biblioteconomia, que se reúnem semanalmente para estudar, levantar, selecionar e confeccionar materiais que servirão de suporte para a realização das atividades junto aos professores da rede de ensino.
A equipe tem promovido encontros semanais com os professores da rede de ensino pública e particular, nos quais procura tematizar a prática educativa, levantando problemas e entraves que dificultam a utilização das atividades lúdicas, literárias e artísticas como recursos pedagógicos. Além disso, os participantes dos encontros estão construindo uma base teórico-prática a partir de estudos, trocas de experiências e vivências que contribua no aprimoramento do trabalho pedagógico. No decorrer do processo, as atividades do projeto serão ampliadas e estendidas às escolas da rede pública, o que possibilitará a realização de ações junto aos alunos e professores. Para tanto, há necessidade da obtenção de um ônibus adequado e devidamente equipado com acervo de jogos, materiais e suporte para o trabalho de arte e livros de literatura infantil, de acordo com a proposta original que deu nome ao projeto - Ludibus.
Um elemento favorável ao desenvolvimento do projeto tem sido o interesse demonstrado pelos professores da rede de ensino pública e particular que estão participando dos encontros realizados semanalmente. As experiências adquiridas ao longo do desenvolvimento do projeto fomentará a produção de conhecimentos, contribuirá na formação contínua dos professores da rede pública e particular de ensino, e permitirá aos graduandos a relação teoria e prática.
Equipe envolvida: Carlos Eduardo Lemos e  Cristiane Pereira da Cruz

II Ludibus - Superando a Falsa Dicotomia entre o Brincar e o Aprender


arília

e-mail: miltonli@marilia.unesp.br

Helen de Castro Silva

Docente do Departamento de Biblioteconomia e Documentação de Marília

e-mail: helenc@marilia.unesp.br

Estudos e pesquisas têm comprovado a importância das atividades lúdicas, literárias e artísticas no desenvolvimento das potencialidades humanas das crianças. Quando participa dessas atividades a criança desenvolve uma série de competências que são essenciais para o seu sucesso na escola e imprescindíveis para o seu desenvolvimento integral. No entanto, tais atividades são ainda tratadas, de modo geral, como secundárias no contexto educacional. O projeto Ludibus tem como principal objetivo sensibilizar professores da rede pública e particular de ensino, bem como futuros profissionais das áreas de Pedagogia e Biblioteconomia, para o fato de que jogos, brincadeiras, atividades artísticas e literárias são elementos da cultura e portanto é fundamental que o professor as valorize e ofereça às crianças oportunidades de aprendizagem e vivências. O projeto pretende instrumentalizar os professores das escolas de educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, através de estudos e vivências, para que, convencidos da importância dessas atividades no desenvolvimento integral da criança, saibam utilizá-las e promovê-las no contexto educacional.

O Ludibus começou a ser desenvolvido no início de abril de 1999. Nesta fase inicial, a busca por recursos e a organização das atividades ainda requer bastante esforço, principalmente pelo fato das solicitações mínimas não terem sido plenamente atendidas. A equipe que realiza as atividades é composta por docentes e alunos dos cursos de Pedagogia e Biblioteconomia, que se reúnem semanalmente para estudar, levantar, selecionar e confeccionar materiais que servirão de suporte para a realização das atividades junto aos professores da rede de ensino.

A equipe tem promovido encontros semanais com os professores da rede de ensino pública e particular, nos quais procura tematizar a prática educativa, levantando problemas e entraves que dificultam a utilização das atividades lúdicas, literárias e artísticas como recursos pedagógicos. Além disso, os participantes dos encontros estão construindo uma base teórico-prática a partir de estudos, trocas de experiências e vivências que contribua no aprimoramento do trabalho pedagógico. No decorrer do processo, as atividades do projeto serão ampliadas e estendidas às escolas da rede pública, o que possibilitará a realização de ações junto aos alunos e professores. Para tanto, há necessidade da obtenção de um ônibus adequado e devidamente equipado com acervo de jogos, materiais e suporte para o trabalho de arte e livros de literatura infantil, de acordo com a proposta original que deu nome ao projeto - Ludibus.

Um elemento favorável ao desenvolvimento do projeto tem sido o interesse demonstrado pelos professores da rede de ensino pública e particular que estão participando dos encontros realizados semanalmente. As experiências adquiridas ao longo do desenvolvimento do projeto fomentará a produção de conhecimentos, contribuirá na formação contínua dos professores da rede pública e particular de ensino, e permitirá aos graduandos a relação teoria e prática.

Equipe envolvida: Carlos Eduardo Lemos e Cristiane Pereira da Cruz



Convenção sobre os Direitos da Criança


A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a Carta Magna para as crianças de todo o mundo em 20 de novembro de 1989. No ano seguinte, o documento foi oficializado como lei internacional. Foi ratificado por 192 países, incluindo o Brasil. “Brincar é um dos traços característicos da primeira infância. Por meio da brincadeira, a criança, além de se divertir, amplia suas capacidades”.

Direito Universal a Brincadeira

Publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, a Unicef, em 1959. O documento dita: “A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as au tor idades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito”. Tal como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração dos Direitos da Criança enuncia um padrão a que todos devem aspirar.

Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990


Estatuto da criança e do Adolescente.
Capítulo IV.
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer.
Art.59: Os municípios, com apoio dos estados e da união, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços paraprogramação culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Brincadeiras de Onte e Hoje

Atualmente o grosso dos tempos livres das crianças é passado de forma estática frente ao televisor, em jogos no computador ou em consolas, como a Play Station.
Sem dúvida que os tempos, os contextos e os meios são outros, bastante diferentes dos anos 70, por exemplo, mas desde logo há uma ideia base que ressalta: As crianças de agora tendem a passar os tempos livres em situações de isolamento, com todos os inconvenientes, não só em casa, como até nos ambientes do recreio na escola. Os brinquedos atuais, as consolas, os telemóveis e afins, confina-os a esse auto isolamento porque pela sua natureza não são propriamente brinquedos de partilha ou de conjunto.

As emoções são assim individualizadas e pouco exteriorizadas. Qualquer técnico da temática da criança, sua psicologia e desenvolvimento, saberá identificar os aspectos negativos que esta realidade pode comportar se não houver outras situações que procurem menorizar esta realidade.
Pelo contrário, de há vinte e cinco anos para trás, as crianças brincavam sobretudo em conjunto, praticando jogos que requeriam precisamente essa componente de equipa. Frequentemente, as brincadeiras e os jogos implicavam a disputa, o desafio constante de se levar a melhor sobre os outros e a superação sobre si próprio, comportando na sua maioria uma forte componente lúdica mas também desportiva. O exercício físico estava assim presente na maior parte das brincadeiras. As corridas, os saltos, a perícia e até mesmo os exercícios mentais, estavam omnipresentes em todos os momentos de brincadeira, tanto no recreio da escola, como nos restantes tempos livros. Acresce que muitos dos brinquedos eram construídos pelas próprias crianças, incluindo todo um processo de imaginação e destreza.
Hoje as crianças, fora do contexto escolar, quase não tem amigos ou colegas de brincadeira. Até mesmo em ambientes pouco urbanos, as crianças quase não têm vizinhos. Outrora, a rua era um dos palcos da brincadeiras. Hoje, pelos piores motivos relacionados com a insegurança, ninguém permite que o filho brinque na rua, mesmo que em frente da casa. Para além do mais, hoje a maior parte das crianças são filhos únicos, pelo que nem com os próprios irmãos é complementada a partilha dos jogos e emoções das brincadeiras. Para agravar a situação, é reconhecido que os pais, devido às exigências do dia-a-dia, também brincam muito pouco com os seus filhos. Os pais portugueses estão à frente nesta negativa realidade.
Com toda esta situação como pano de fundo, trazer à memória neste espaço, brinquedos, brincadeiras e formas de brincar das crianças de há trinta anos, acaba por ser um exercício de comparação e reflexão entre os diferentes contextos temporais, sociais e culturais, mas também uma forma de documentar esses momentos mágicos, que certamente jamais serão repetidos.


Importancia de Brincar


Antigamente, as crianças podiam sair às suas empinar pipas, correr, jogar bola, brincar em grupos, estavam fazendo muito mais do que brincar: estavam aprendendo conceitos essenciais para a vida em sociedade. Conceitos como esperar, compartilhar ideias, aceitar o ponto de vista do outro, ser contrariadas, esperar sua vez, dar a volta por cima, tudo isso é tão importante que repercutirá em suas relações pessoais seja em casa no trabalho em situações que ela venha vivenciar na vida adulta.
Mas o que fazer hoje para que as crianças consigam vivenciar tais experiências sem deixar de lado a segurança e as limitações que a cidade grande nos impõe?
Recai sobre a família e principalmente sobre a escola a responsabilidade de criar espaço e situações onde as crianças possam vivenciar diferentes experiências.
Por meio de atividades e brincadeiras feitas em casa e na escola é possível criar momentos agradáveis de brincadeira e desenvolvimento motor, emocional e criativo.
A psicomotricidade estuda a relação entre a psique humana e sua relação com os movimentos motores. O desenvolvimento psicomotor é fundamental nos primeiros anos de vida, uma vez que o desenvolvimento psíquico da criança se dá por meio de seus movimentos e experiências com o mundo que a cerca, bem como a forma como a criança se relaciona com seu mundo, assim, partindo do seu corpo e das suas experiências, vão construindo o seu pensamento.
Segundo a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através de seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. [...] É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto.
Entre a escola e os pais devem existir redes de comunicação que lhes permitam trocar opiniões sobre as distintas formas que as crianças têm de, dependendo da sua idade, explorar o seu corpo, os objetos e o espaço.
O educador pode propor para casa jogos adequados ao momento evolutivo da criança. Não se trata de um programa de estimulação precoce, mas antes de brincar e desfrutar juntos, tendo em conta nunca forçar posturas ou movimentos.
Em casa, devemos criar um ambiente estimulante à volta da criança que lhe permita manipular materiais variados (água, barro, pintura) e facilitar-lhe a brincadeira ao ar livre para que desenvolva movimentos globais, assim como brincadeiras que potenciem a sua atividade manual.
Mediante jogos e brincadeiras, possibilita-se às crianças fazer deslocações autônomas, realizar mudanças de postura coordenadas (estar sentado a pôr-se de pé não é tão fácil como parece), adquirir controle sobre os impulsos (não é o mesmo parar e encontrar um obstáculo e ter que se deter), aumentar o equilíbrio, etc.
Construção do esquema corporal
O esquema corporal é uma representação mental do próprio corpo, das suas partes e dos seus limites.
As crianças não nascem com o seu esquema corporal construído (ao princípio, não se diferenciam do corpo da sua mãe), mas vão elaborando a partir das suas experiências motoras e sensitivas, é um processo. O contato físico, os espelhos e as massagens ajudarão em relação à lateralidade, ao tônus muscular e à coordenação corporal.
Na educação infantil, os educadores devem estimular (sem forçar, nem contrariar) as duas mãos da criança (e as duas metades do corpo) para que seja ela a escolher a sua mão preferencial.
No início, as suas mãos são torpes e descoordenadas, mas, pouco a pouco, a sua preensão sobre os objetos será mais fina, adquirirá destreza com a pinça digital (polegar e indicador) e poderão apanhar pequenos objetos. As brincadeiras com as mãos e dedos vão preparando a criança para uma grande aprendizagem: a escrita, que exige precisão de movimentos, coordenação olho-mão e uma preensão adequada.
Todos os educadores devem estar preparados para trabalhar com psicomotricidade, preparando para as crianças um local amplo com diversos materiais para que elas possam manusear, experimentar e criar suas próprias brincadeiras e regras.
Materiais para o desenvolvimento psicomotor
Até aos 3 anos: torres de argolas, cubos empilháveis, jogos de abrir e fechar, de enfiar e tirar; caixas com formas geométricas, jogos de enroscar, construções, espelhos, escorregas, balanços, bolas de diferentes tamanhos e texturas; argolas, cordas e ladrilhos de plástico ou madeira; centros de atividade, almofadas, telas, etc.
Dos 3 aos 6 anos: instrumentos de ritmo, teatros de marionetes e fantoches, mosaicos, construções, bolas, arcos, cordas, discos para lançar, pintura de dedos, lápis de cor e de cera, impressões digitais com mãos e pés, tapetes túneis para gatinhar, livros e jogos para aprender a escrever, quadros para desenhar, boliches, cestos…

Objetivos

Construção do esquema corporal, lateralidade, habilidades manipulativas, tônus muscular, coordenação corporal.
Elaborado em 26 de julho de 2009,
por Flávia Guimarães Rubin Carvalho, psicóloga

Brincadeiras

Brincar é fazer amigos. Brincando, a criança desenvolve sua capacidade criativa, integra-se no mundo e aprende a viver.
Saber relacionar-se com outras pessoas de forma sadia requer um longo aprendizado. Em cada fase do seu desenvolvimento, a criança prepara-se um pouco mais para ser um adulto bem integrado socialmente.

Através dos folguedos e jogos, a criança aprende desde cedo a relacionar-se com o mundo, com seus semelhantes, a incorporar novas concepções e padrões de comportamento. Realiza, enfim, um aprendizado social. E isso é indispensável para que ela cresça física e, sobretudo, mentalmente.

Durante todo o primeiro ano de vida, os adultos dominam o interesse do bebê. Mas, a partir daí, as outras crianças, antes olhadas com indiferença, vão ter um papel cada vez mais importante na sua socialização. Nesse período, a criança já briga com outra na disputa de um objeto e aparecem indícios do uso social dos brinquedos. Dois meninos conseguem, por exemplo, brincar em conjunto com uma bola, rolando-a de um para outro.

No interior a criança também aprende nos grupos de brinquedo. Os meninos, construindo seus próprios brinquedos, caroços de mamona ou manga verde, com quatro pernas de palitos são transformados em bois; caixas de fósforos se transformam em carros ou casinhas.

Nas ruas, à noitinha, crianças em bandos brincam de rodas. Ai se ouvem os brincos cantados, tradicionais em todo o Brasil, apenas com algumas variações locais. São as meninas de oito a doze anos as componentes dessas rodas infantis. Os meninos quando muito novos, ainda integram esses grupos porque logo mais crescidos, preferem os seus.

Os meninos brincam de cavalinho de pau, cavalgando um cabo de vassoura. Os mais velhos preparam suas pequenas jangadas ou barcos veleiros e os lançam nas poças d’água ou mesmo no rio. À noite brincam de “manzoá”, entre outros. À tarde, à sombra de alguma árvore, brincam jogando bolinha de vidro, é o jogo da chimbra.
Há um brinquedo muito freqüente entre as crianças principalmente das zonas de brejo que é o seguinte: apanham um inseto chamado “cachimbáu”, a amarram uma linha e quando o cachimbáu voa, correm acompanhando-o.
As crianças, desde os verdes anos da vida aprendem a jogar cartas, baralho, na rua. Numa rodinha, quatro meninas jogavam baralho. Estavam jogando “três sete”.

Manzoá
Preferido pelos meninos de 10 a 14 anos, neste jogo pode-se perceber a nítida influência cinematográfica: ‘Manzoá” (mãos ao ar) – o grupo é composto de três bandidos e quatro “artistas”. Os meninos todos vão se esconder, tendo às mãos um revolver de brinquedo, comprado ou feito de um pedaço de madeira. Os “artistas” (ou “mocinhos”) tem de vencer os “bandidos” e assim que os vejam gritam: “Manzoá”.

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O mundo da criança (vários artigos) in Livro da Vida, Vol 1 - São Paulo: Abril S.A. Cultural e Industrial, 1974.
Escorço do folclore de uma comunidade – Alceu Maynard Araújo in Revista do Arquivo Municipal CLXVI – Departamento de Cultura da Prefeitura do município de São Paulo, 1962
Ilustração de Heliana Brandão
Gifs animados da Animationfactory (ver conexões)
Mapagif: AJZ